Bem-vindo(a)
Este espaço foi criado em 2017 e tem por objectivo de transmitir um pouco de tudo, que o publico desconhece ou nunca ouviu falar. Contudo a história por si é feita de pequenas e grandes histórias, desde factos banais a acontecimentos
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Das variadíssimas manifestações carnavalescas efectuadas de norte a sul do País merece particular referência aquelas que continuam a manter-se fiéis às suas vertentes tradicionalmente ruralistas, quer em função da sua situação geográfica, quer pelo envolvimento das personagens que lhe estão associadas – as populações locais.
Os habitantes desses lugares representam o suporte genuíno de toda uma ritualidade, por vezes complexa, que nada tem a ver com os padrões modernos dos Carnavais com objectivos turísticos, embora, e talvez por isso mesmo, enfermando de pouca ou nenhuma divulgação, nem mesmo, tão-só, a nível do (re)conhecimento da sua tradição.
Desse grupo, de algum modo restrito, faz parte o Carnaval de Podence (Macedo de Cavaleiros), em terras do Nordeste Transmontano, onde a quadra carnavalesca é festejada de forma a fazer lembrar as suas remotas origens, representadas ali numa encenação vincadamente pagã.
Neste ritual são visíveis as raízes que ligam o Carnaval de Podence às antigas festas dos Romanos, as Lupercais, efectuadas no dia 15 de Fevereiro, segundo uns em louvor de Pã, deus dos rebanhos, da fecundidade e dos pastores ou cabaneiros, enquanto outros sustentam que seriam realizadas em honra de Luperco, também ele deus pastoril da protecção dos rebanhos contra os lobos.
Consideradas das festas mais importantes da antiga Roma, eram particularmente marcadas pelo desfile, nas ruas, de grupos de homens seminus que fustigavam com peles de cabras, imoladas nessa ocasião, as mulheres que encontravam no caminho, num rito punitivo, tendo por intenção torná-las fecundas.
Ritual a perpetuar-se no Domingo e Terça-Feira de Carnaval, graças à actuação dos «Caretos de Podence», quando, pelas ruas, correm atrás das mulheres – principalmente das novas e solteiras – para «chocalhá-las», isto é, para abraçá-las lateralmente e com movimentos rápidos de semi-rotação da cintura fazer com que os chocalhos que transportam à cinta lhes batam repetidamente nas nádegas.
Os «caretos» (rapazes solteiros) constituem-se como as figuras principais da festa, os seres quase fantásticos destes rituais lúdicos e pagãos, transmitidos de pais para filhos, desconhecendo-se, no fundo, a sua verdadeira origem e significado.
Simbolicamente associados, na crença popular, «ao espírito do mal», ou a tudo aquilo que se afigure misterioso – forças sobrenaturais e ocultas, curandeiros, bruxos, poderes diabólicos e ao próprio Satanás – auferem de total impunidade durante esse curto período, apenas dois dias, embora costumem fazer uma aparição no Domingo Magro.
Em qualquer lugar em que se encontrem é sempre grande a algazarra que provocam, uma vez que comunicam entre si e com os circunstantes apenas por berros, numa linguagem que ninguém entende. Correm frequentemente atrás de quem calha e dançam e saltam como verdadeiros seres invasores e causadores de toda uma desordem e abuso instaurados a que não é possível, nem se deseja, afinal, pôr termo.
Os fatos dos «caretos», extremamente garridos, são guardados e vestidos, muitos deles, geração após geração, constituindo uma verdadeira relíquia para a família que os possui. Confeccionados na própria aldeia, são feitos de colchas antigas, de lã ou de linho (hoje já raras), tecidas em teares caseiros, cortadas depois ao jeito de fato: calças e casaco com gorra ou capuz. As três peças são quase totalmente recobertas com fieiras de franjas de lã de carneiro, tingidas de diversas cores, ao gosto de quem os faz ou veste, embora as cores tradicionais sejam o vermelho, o amarelo e o verde.
Somente para as franjas, também elas feitas em tear, são necessários (dizem) sessenta novelos de lã. Um fato de «careto» pode orçar, actualmente, em mais de 400 euros – com as franjas de lã tradicionais substituídas por lã de fibra, sem contar com a dificuldade em encontrar e comprar uma colcha antiga…
Como adorno, ostentam à cintura, presos num cinto de couro, fiadas de chocalhos e sobre o peito, cruzadas, as «bandoleiras», igualmente em couro, por vezes com uma ou duas campainhas. O número de chocalhos, hoje, é variável, conquanto o preceito consistisse em doze chocalhos de latão, «se o fato fosse rico», ou apenas oito, «no caso do fato ser mais pobre». Na mão levam um pau ou bengala de madeira de freixo ou castanheiro, que lhes serve de apoio quando saltam ou correm ao som dos chocalhos. Antigamente, usavam uma bexiga de porco ou uma pele de coelho cheia de ar que empunhavam para bater, ritualmente, em quem com eles se cruzava, costume ainda mantido por um ou outro.
A designação «caretos» resulta da palavra «careta» ou «máscara», sendo as de Podence, como, de resto, o são todas as máscaras deste género, terríficas. Trata-se de máscaras rudimentares, feitas de latão ou folha-de-flandres, pintadas de vermelho ou negro, com um nariz pontiagudo e três aberturas para os olhos e a boca. Em tempos mais antigos as máscaras eram feitas também de cabedal ou de madeira primorosamente esculpidas.
As praxes do Carnaval de Podence obrigam a que as crianças do sexo masculino (até aos 11, 12 anos) se mascarem como réplicas dos «caretos» adultos, embora menos elaboradas e se comportem à sua semelhança. Conhecidos por «facanicos», acompanham, nas suas andanças e brincadeiras, o grupo dos rapazes solteiros. Certamente, a forma encontrada para que a figura dos «caretos» se não perca, antes se reforce no objectivo de preservar e garantir a continuidade desta tradição carnavalesca.
No conceito popular, só o «careto» possui os poderes propiciatórios, profilácticos e expurgatórios no momento da viragem do ciclo agrário - a passagem do Inverno para a Primavera. Poderes exercidos sobre os campos, purificando-os, e a tornar fecunda a produção das terras ao afugentar delas as «forças nocivas ou os espíritos das trevas, que as invadem e empobrecem». Desta forma se perpetuam remotos cultos gentílicos de vegetação e fertilidade, que podem mesmo ir mais longe, considerando que ao «careto» se atribui o poder de «eliminar qualquer mal da Natureza e da própria comunidade».
E se da Antiguidade lhe vem a Festa dos «Caretos», de lá virá também, supostamente, a designação de «lares» dada em Podence às grandes lareiras sobre as quais se cozinha ainda hoje em panelas de ferro. Quem sabe, a fazer lembrar os deuses Lares – simbolizados por pequenas estatuetas –, colocados nos altares domésticos de cada casa romana, dia e noite alumiados.
Ao redor dos «lares» reúne-se a família, sentada nos bancos de madeira – os «escanos» –, a dar voz à ceia e aos serões do tempo frio, aconchegada no calor do lume, quando a água gela nas fontes e deixa de fazer ouvir a limpidez do canto.
Na manhã de Quarta-Feira de Cinzas, despidos os fatos de «careto», que se usaram até Terça-Feira de Entrudo, todos comparecem à missa na Igreja de Nossa Senhora da Purificação. A partir desse dia é considerado pecado ouvir-se um chocalho – em Podence os animais não costumam usá-los; só os «caretos».
A Estação de S. Bento, que serve principalmente a linha de ferroviária do Douro, foi construída no local do Convento de S. Bento da Avé-Maria, que foi totalmente demolido para dar lugar a este novo edifício.
A criação de uma estação impunha-se faltando apenas definir o local e uma vez que o Convento se encontrava em degradação a Câmara aprovou o projecto e em Janeiro de 1888 a Direcção dos Caminhos de Ferro foram autorizadas a estudar o prolongamento da linha de Campanhã até às proximidades da Praça da Liberdade.
Assim procedeu-se à abertura dos túneis da Quinta da China, do Monte do Seminário e das Fontainhas. Foi exactamente a abertura destes túneis que ditou a demolição do mosteiro.
Em 7 de Novembro de 1896 chega o primeiro comboio, ainda sem estação, este acto marcou a inauguração oficial da linha férrea.
Contudo a construção da estação como a conhecemos só teve inicio a 22 de Outubro de 1900, estávamos no reinado de D. Carlos e de Dª Amélia que presidiram ao assentamento da primeira pedra da nova estação, que manteve parcialmente o nome do antigo Convento – S. Bento.
Em Agosto de 1915 foram assentados os azulejos na gare da estação. No total 551 m2 de superfície a decorar com os mais belos painéis do género existentes em Portugal.
Cada painel representa uma cena da história nacional. Neles podemos encontrar: a entrada triunfal de D. João I e o seu casamento com Dª Filipa da Lencastre no Porto, em 1386, a conquista de Ceuta, 1415 e o Torneio de Arcos de Valdevez, 1140.
Noutros porém encontramos cenas campestres e aspectos etnográficos como são exemplo a procissão da Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego, a romaria de S. Torcato, em Guimarães, uma Vindima, a Feira do Gado, uma Azenha, o Transporte do vinho num barco rabelo, no Douro…
No alto das paredes podemos ainda ver um lindo friso multicolor evocativo da história da viação nacional, desde os primórdios até à chegada do primeiro comboio a Braga.
O edifício foi solenemente inaugurado em 1916, está concebido em forma de U, com dois pavimentos que dão para as ruas da Madeira e do Loureiro, estando a fachada principal voltada para a Praça Almeida Garrett.
Considerada uma das mais bonitas do mundo, a estação de São Bento, no Porto, foi inaugurada a 5 de Outubro de 1916. Motivo para relembrar em sete factos a sua história, o seu presente e o seu futuro
Obra de Santa Engrácia
A construção de S. Bento, no local onde se encontrava o mosteiro de São Bento de Ave Maria, não foi fácil. Era preciso prolongar a linha de Campanhã, longe do centro da cidade e com um elevado movimento de passageiros e mercadorias. O plano de construção para a nova estação foi apresentado em 1887, sofreu sucessivos adiamentos e só em 1896 começou a funcionar de forma provisória e sem gare.
Arquitetura
O projeto da estação terá começado em Paris, quando Marques da Silva escolheu o tema Gare Central para o seu trabalho de fim de curso. Ainda hoje ninguém fica indiferente à fachada de influência francesa, estilo Beaux Arts, sendo uma das obras mais notáveis do arquiteto do Porto.
Os azulejos
O átrio está coberto por 20 mil azulejos Arte Nova, produzidos na Fábrica de Sacavém, da autoria do pintor Jorge Colaço. A maioria relata acontecimentos históricos: do lado esquerdo, o Torneio de Arcos de Valdevez (séc. XII), a apresentação de Egas Moniz com a mulher e os filhos ao rei de Leão (séc. XX); do lado direito, a entrada de D. João II no Porto para celebrar o seu casamento com D. Filipa de Lencastre (séc. XIV) e a conquista de Ceuta pelo Infante D. Henrique (séc. XV).
Partidas e chegadas
Em 1953, era o terminal de comboios Foguete e Rápido do Porto (que partiam de Lisboa). Hoje serve, sobretudo, os comboios urbanos do Porto (linhas do Minho, Douro, Braga, Guimarães, Marco de Canaveses e Aveiro).
A estação (também) é um palco
Habituada a ser cenário de filmes e séries televisivas, a estação de S. Bento é, muitas vezes, palco de concertos-supresa, como aconteceu, em 2014, com os britânicos James, que ali atuaram, gratuitamente, antes dos concertos de Guimarães e Lisboa.
Os prémios
Em 2001, foi nomeada pela revista americana Travel+Leisure como uma das 16 estações mais bonitas do mundo, ao lado da neoclássica Gare du Nord (Paris), de Atocha (Madrid) ou da estação neogótica de S. Pancras (Londres). Em 2014, o projeto de reabilitação dos painéis de azulejos recebeu o prémio Brunel, um dos mais prestigiados na arquitetura ferroviária.
O futuro
Um plano apresentado no início deste ano pela Infraestruturas de Portugal, proprietária da estação portuense, prevê a construção de um hotel e áreas comerciais e culturais, com o objetivo de “valorizar as estações de comboio”. A cafetaria Jeronymo, aberta em meados de setembro último, já faz parte desta nova vida de S. Bento.
O castelo de Almourol é considerado o mais belo castelo de Portugal ! Situado numa pequena ilha escarpada, a meio do rio Tejo, o castelo de Almourol é um dos monumentos militares medievais mais significativos, sendo o que melhor evoca a memória da Ordem dos Templários em Portugal. As origens da ocupação deste local são muito
O castelo de Almourol é considerado o mais belo castelo de Portugal ! Situado numa pequena ilha escarpada, a meio do rio Tejo, o castelo de Almourol é um dos monumentos militares medievais mais significativos, sendo o que melhor evoca a memória da Ordem dos Templários em Portugal.
As origens da ocupação deste local são muito misteriosas, mas em 1129, aquando da conquista, este castelo já existia e chamava-se Almorolan. Sob o domínio templário, o castelo foi reconstruído e apresenta ainda hoje em dias as principais características artísticas e arquitectónicas dessa época. A entrada principal do castelo apresenta a data da sua fundação: 1171.
Com a extinção da Ordem dos Templários, o castelo de Almourol foi votado ao abandono e foi somente no séc. XIX que o castelo se reinventou, de acordo com o ideal Romântico de fascínio pela medievalidade.
No séc. XX, o castelo de Almourol foi convertido em residência oficial da República Portuguesa, acolhendo diversos eventos importantes da ditadura.
É possível visitar, actualmente, o castelo de Almourol de segunda a domingo, de hora a hora. A partida é feita em Tancos. 01.11 – 28.02 – das 10 às 13 e das 14:30 às 17 01.03 – 31.10 – das 10 às 13 e das 14:30 às 19
Sintra, o Monte da Lua, é um daqueles lugares cheios de magia e mistério onde a natureza e o Homem se conjugaram numa simbiose tão perfeita, que a UNESCO o classificou como Património da Humanidade.
Itinerário para um dia Manhã Qualquer que seja o plano, começar no centro histórico com um pequeno-almoço revigorante, a antecipar um dia em pleno é sempre uma boa sugestão.
Logo na praça principal, vemos o Palácio da Vila com as suas duas chaminés cónicas, tão caraterísticas, que servirão de bússola para voltar a este ponto de encontro. Datado de finais do século XIV, foi a estância de veraneio de muitos reis ao longo da História de Portugal. Cada sala é decorada de forma diferente e tem uma história a saber, para além de o interior ser uma surpresa pois é um verdadeiro museu do azulejo, com aplicações desde o séc. XVI, do início da sua utilização em Portugal.
Depois de um passeio ao acaso pelas ruelas estreitas e pelas lojas de produtos regionais, sugerimos uma visita ao Palácio e Quinta da Regaleira. É um palácio do séc. XIX, embora pareça ser mais antigo, com uma decoração que impressiona, rica em simbologia maçónica. Muito perto da entrada da Regaleira, fica Seteais, um palácio do séc. XVIII atualmente transformado em hotel. Vale a pena entrar nos jardins e ir até ao miradouro, de onde se vê o Palácio da Pena, o Castelo dos Mouros e o mar ao longe...
Antes de começar a subir a serra, será melhor almoçar e optar por um bom restaurante na vila ou fazer um piquenique no Parque dos Castanheiros, um parque de merendas cuja entrada se encontra a meio da Volta do Duche.
Tarde A tarde será dedicada a conhecer a serra e a descobrir os recantos de uma paisagem que é Património Mundial.
Antes de entrar no refúgio botânico do Parque da Pena, passar pelo Chalet da Condessa D’Edla e subir ao Palácio que Richard Strauss apelidou de “Castelo do Santo Graal”, é imperativo passar pelo Castelo dos Mouros. É um testemunho da presença islâmica na região, construído entre os séculos VIII e IX e ampliado depois da Reconquista.
No topo, fica um dos palácios mais românticos de Portugal, o da Pena, uma reconstituição fantasiosa e revivalista, ao gosto do romantismo oitocentista, que se ficou a dever à paixão e imaginação do rei artista D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha, consorte de D. Maria II.
Regressando à vila, caso não se tenha feito de manhã, é imperativo entrar numa das pastelarias para saborear as famosas queijadas e os travesseiros, especialidades de eleição para um fim de tarde numa terra de sonho.
E ainda… Com um dia não ficará tudo visto em Sintra, por isso será preferível ficar mais tempo ou, eventualmente, organizar a visita de outra forma, consoante a disponibilidade.
Para além de outros museus de interesse, merecem grande destaque o Parque de Monserrate, com o seu exótico palácio neogótico, e o Convento dos Capuchos, construído no séc. XVI utilizando cortiça como revestimento dos pequenos espaços, seguindo os preceitos de pobreza da Ordem de São Francisco de Assis, contrastando com os palácios que entretanto se visitaram. A 2 km do convento, fica a Peninha, um dos pontos mais altos da serra e, já a caminho da costa, vale a pena conhecer o Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas, com uma importante coleção epigráfica com mais de dois mil anos.
Para quem viajar durante os meses de julho e agosto, será uma oportunidade de assistir aos espetáculos de música clássica e de bailado do Festival de Sintra, que se realizam nos Palácios de Sintra e da Pena e no Centro Cultural Olga de Cadaval.
Entre Sintra e Lisboa, seguindo pelo IC19, vale a pena parar no Palácio Nacional de Queluz, sumptuoso palácio do séc. XVIII em estilo “rocaille”. No espaço dos jardins, podemos assistir a uma exibição da Escola Portuguesa de Arte Equestre e apreciar as qualidades dos cavalos lusitanos, criados em Alter, no Alentejo, na antiga coudelaria da casa real
Vídeo com imagens aéreas de Sintra
Vídeo muito bom para podermos ver a beleza deste local.
O Mercado Municipal de Loulé foi inaugurado no dia 27 de Junho de 1908, altura em que a Câmara Municipal era presidida por José da Costa Mealha. O edifício foi construído segundo projecto do Arquitecto Alfredo Costa Campos, de Lisboa, embora o mesmo projecto tenha conhecido algumas alterações desde o documento inicial de 1903 que por sua vez já tinha por base um outro projecto de 1898 cujo o autor se desconhece.
A ideia de construir um mercado para o peixe, frutas e hortaliças era já antiga e consensual, no entanto, a sua localização e o número de mercados a construir não reunia o consenso dos Louletanos. A rivalidade era sentida sobretudo entre a Freguesia de São Sebastião e a Freguesia de São Clemente.
Segundo os jornais da época existiam diversas propostas quanto à localização do Mercado.
Em 1891, a Câmara Municipal encomendou ao Construtor de Obras Públicas de Faro um projecto para o mercado de venda de peixe. Esse mercado seria construído junto ao Largo de Chafariz (actual Largo D. Afonso III) e consistia numa planta rectangular com 33 metros de comprimento e 19,5 metros de largura, tinha 60 bancas com um metro quadrado cada e nove compartimentos para arrecadações.
Este projecto não foi concretizado mas reflecte a preocupação da Câmara relativamente à venda do peixe por ser a mesma que arrancava mais críticas aos Louletanos.
Após uma longa discussão, a Câmara decide então, em finais do século XIX, construir o Mercado ao lado do edifício dos Paços do Concelho e iniciam-se então as expropriações e respectivas demolições no início do século XX.
Em termos arquitectónicos, o mercado adoptou o estilo revivalista de inspiração árabe com quatro pavilhões e quatro portões de acesso.
Porém, a Câmara não tinha grandes disponibilidades financeiras naquele momento e a verba disponível era insuficiente para a execução da totalidade do projecto. Nesse sentido, foi pedido ao arquitecto que fizesse algumas alterações no projecto, as quais foram apresentadas em 1905 e que visavam basicamente a ala sul do Mercado, nomeadamente retirando dois torreões e algumas lojas para além de todos os azulejos do revestimento. As obras foram adjudicadas em 22/06/1905 a José Francisco dos Santos que as concluiria em 1908.
A partir deste momento e ao longo da sua existência o Mercado de Loulé tem sofrido diversas obras de melhoria, ampliação e remodelação.
Em 1933 o técnico de Arquitectura João Baptista Mendes, autor dos projectos do Cine-Teatro Louletano e do Salão Nobre dos Paços do Concelho, fez um projecto de ampliação do Mercado, contudo as grandes obras de ampliação foram feitas no princípio dos anos 80, nos mandatos dos Presidentes Eng. Júlio Mealha e Dr. Mendes Bota com a cobertura de betão da ala sul do mercado e mais recentemente a partir de 2004, no mandato presidido pelo Dr. Seruca Emídio, a grande obra de remodelação do Mercado com a construção dois torreões que constavam no projecto de 1905, com a reabilitação integral das fachadas, das estruturas metálicas existentes e substituição da estrutura em betão armado da ala sul por estrutura metálica e todo um conjunto de melhorias nas zonas de venda ao nível das condições de funcionamento e das redes técnicas do mercado. Após estas obras, o Mercado de Loulé reabriu a 1 de Fevereiro de 2007, para as mesmas funções para que fora concebido no inicio, mas mais moderno, com melhores condições de higiene e segurança e visando cada vez mais atrair o turismo para aquele que é o ex-libris da cidade de Loulé, e um dos mais belos mercados do país
Dmitri Ivanovic Mendeleev, em russo: Дми́трий Ива́нович Менделе́ев,, (Tobolsk, 8 de fevereiro de 1834 — São Petersburgo, 2 de fevereiro de 1907), foi um químico e físico russo, criador da primeira versão da tabela periódica dos elementos químicos, prevendo as propriedades de elementos que ainda não tinham sido descobertos.
A piscina encerrou em 2006, devido à visível degradação das instalações. Tal como no Areeiro e nos Olivais, no seu lugar deverá nascer uma nova piscina com ginásio, em breve
A Piscina Municipal do Areeiro, na Avenida de Roma, abriu ao público em 1966. Durante décadas foi a única piscina coberta em Lisboa capaz de acolher provas de natação
A piscina original, projetada por Alberto José Pessoa, foi demolida em 2013. No seu lugar nasceu o Complexo Desportivo Supera Areeiro, que inclui, além de duas piscinas, um ginásio e um spa
Além de servir a população local, a Piscina Municipal dos Olivais, inaugurada em 1967, foi a primeira a surgir em Lisboa com as medidas olímpicas, 50 metros de comprimento por 25 de largura.
Aqui a cerimónia de inauguração, em 1964, com a presença do então presidente da autarquia lisboeta, o general França Borge
Aqui, nos anos 70, uma fotografia da inovadora piscina flutuante do Tamariz, de autoria do arquiteto Eduardo Anahory. Ficava a 300 metros da costa e albergava até 150 pessoas. As viagens para a piscina faziam-se a partir da praia, num barco do grupo Estoril-Sol
As pranchas de saltos serviam para os mais destemidos mostrarem os dotes de mergulho
Nas várias competições que ali ocorreram foram batidos, ao todo, 12 recordes nacionais. João Brito Geraldes
No Campo Grande, a piscina infantil, projetada por Keil do Amaral, que uns anos antes fora o responsável pela remodelação e ampliação do jardim, partilhava o destaque com os passeios de barco no lago
O complexo também incluía uma grande zona de lazer, com esplanada
Com a inauguração do Parque de Campismo do Monsanto, em 1961, a cidade ganhou mais uma piscina pública
O importante pedaço de história da Póvoa de Varzim Cidade situada à beira-mar, que prima pela beleza das suas praias e pelo caráter das suas gentes, desde sempre ligadas à arte da pesca.
A beleza das praias salta de imediato à vista quando se entra na cidade. Póvoa de Varzim está situada mesmo à beira-mar e as suas gentes há muito que vivem da arte da pesca. Acima de tudo é uma terra que respira tradição e que esconde um passado histórico muito rico. Mas para quem quer conhecer a cidade, o ideal é mesmo começar pelo centro. Visitar as praias, na Avenida dos Banhos, e apreciar a beleza do mar, que ali costuma dar ares de revolta. Depois podemos partir para o porto de pesca, ponto de partida e de regresso de dezenas de pescadores. É lá que é possível apreciar um pouco desta arte, ver os barcos e conhecer as histórias de quem faz do mar o seu ganha-pão. Nesse sentido torna-se também imperativo visitar o Museu Municipal de Etnografia e História. As cenas da vida poveira - a faina, os modelos de barcos de pesca, as tradições, a religião e as crenças - são, sem dúvida, o ponto de maior interesse daquele espaço, que foi fundado no ano 1937. No roteiro não pode também faltar uma visita à Cividade de Terroso, uma das mais importantes estações arqueológicas da cultura castreja do Noroeste Peninsular. Foi ocupada desde o séc. VIII a.C. até ao séc. III d.C. e trata-se de um local de interesse para o estudo do povoamento desta região. Um outro importante marco na história da cidade é, sem dúvida alguma, a igreja de São Pedro de Rates. Foi mandada construir no século XII pelos condes D. Henrique e D. Teresa, pais do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e é um dos mais importantes edifícios da história da arquitetura românica no nosso país. E ainda antes de abandonarmos a cidade, há tempo para visitar o aqueduto da Póvoa de Varzim. Chegou a contar com 999 arcos e, no século XVIII, era utilizado para transportar água entre Terroso e o Mosteiro de Santa Clara, em Vila do Conde. Trata-se de mais um monumento nacional que prova que a Póvoa de Varzim tem recantos à espera de serem descobertos.
Programa Bom Bordo - "Santos e Pescadores"
Episódio deste excelente programa dos anos 90, Que fala da vida dos pescadores das Caxinas e Póvoa de Varzim.
Filme em 4 capitólios sobre a Cidade da Póvoa de Varzim realizado em 1962
Essa minha tia contava esta história na mesma ilha, porque nasceram ali. Está a ver, o meu pai nasceu em 1892 e nasceu naquela casa, que um dia, depois, eu também lá nasci. Antigamente não se ia para os hospitais, as mulheres tinham os filhos em casa.
E então essa minha tia namorava com um rapaz. Namorava com um rapaz e o rapaz ia namorar lá a casa – aí está, no postigo. E a minha tia dizia assim para ele:
- Vai-te embora. Vai-te embora… -aquilo não era todos os dias que aparecia. -Vai-te embora.
- Embora o quê? Estás maluca? Tenho medo de alguma coisa?
- Vai-te embora. Vai-te embora… -dizia ela.
Mas o rapaz não queria ir embora. Ela pressentiu alguma coisa que vinha de cima, abre a porta, pega nele – pumba: para dentro de casa. E fecha a porta. E ela disse:
- Não vais embora, ficas aqui.
- Tu estás maluca? Ficar na tua casa? Ficas difamada!
- Eu não quero saber. O meu pai e a minha mãe estão ali e eu vou para a minha cama. O meu pai e a minha mãe sabem que tu ficas aqui. E tu não és burro de subires as escadas, que eles matam-te.
Sim, que para mais a minha tia não estava sozinha. Não o matavam, tiravam-lhe o pescoço fora. Tiravam-lhe o pescoço fora! E o rapaz… Mas o rapaz, claro, com aquela coisa de… Não queria dizer à rapariga que tinha medo. Disse:
- Não, eu vou-me embora, eu vou-me embora. -ficou ali um bocado mas foi-se embora.
Foi-se embora. Chegou à quina da ilha… O rapaz era do Sul, era aqui da beira da Lapa. Ele tinha que virar para a rua que vai direita ao Carvalhido, que é a Rua Elias Garcia que vai depois direita às esplanadas. E ele foi pelo ar até chegar à Rua Elias Garcia. Na esquina, pumba: os pés no chão. Os pés no chão… O homem… De socos, que eles usavam socos, os pescadores usavam socos: pimba, com os pés no chão. Viu a rua cheia de carneiros. Só via carneiros. E ele não tinha por onde passar. Mas tinha que passar, não podia ficar parado. Ele enxota corno para aqui, enxota corno para acolá, cheio de medo, a tremer – faz uma pequena ideia… Mas lá foi passando pelo meio deles. Até que correu aqueles carneiros todos. Quando se apanhou livre, tira os socos dos pés – ó pernas, para que te quero! Nunca mais apareceu à minha tia. Nunca mais na vida aquele homem apareceu à minha tia. Diz que:
- Fica-te, que nunca mais na minha vida! Mulher seja ela!
A freguesia da Serra, situada no lugar de Fátima, tem como Padroeira Nossa Senhora dos Prazeres; foi desmembrada da Colegiada de Ourém no ano de 1568. Nos documentos da época diz-se que “tem a igreja sacristia, capela de pia de baptizar, de abóbada, com grades, e um sino. A capela mor é d’abóbada, o altar tem três nichos, dourados e pintados: no meio, Nossa Senhora dos Prazeres, de vulto; no da parte do evangelho, o Espírito Santo, no da Epístola S. Gregório, Papa, todos de vulto; está mais n’este altar, entre o nicho da Senhora e o de S. Gregório, um Cristo crucificado, fora, do nicho, coberto com um volante, ou cortina, e da outra parte junto ao do Espírito Santo, está outro nicho, pequeno, do feitio dos mais, e n’ele o Menino Jesus, de vulto; tem dois altares colaterais, junto ao cruzeiro; no da parte do evangelho um nicho, grande, que ocupa todo o altar, dourado e pintado, feito a modo e retábulo, e n’elle Nossa Senhora do Rosário; imagem de vulto, e fora do nicho, Santo Amaro, também imagem de vulto; no altar da parte da epístola está um nicho, de pedra, dourado e pintado, e a modo de retábulo; ocupa todo o altar, e n’elle Santo António, de vulto, e fora do nicho, no mesmo altar, S. Sebastião e S. Silvestre; imagem de vulto. Tem esta paróquia: na Moita Redonda, uma capela em honra de Santa Luzia, erguida a 1604; no lugar de Boleiros, em honra de Santa Bárbara, erguida em 1607; outra no Montelo, em honra de Nossa Senhora da Ajuda, erguida em 1604; no Poço de Soudo, em honra de Santo António; outra na Ortiga, em honra de Nossa Senhora da Ortiga (Nossa Senhora da Graça). A igreja esteve quase sempre em obras: passou de uma só nave para três, em 1915, terminada pelo P. Agostinho em 1925. Em 1956 são realizadas algumas modificações, pois foram-lhe retiradas algumas colunas.Finalmente, no ano dois mil (2000), no ano da Beatificação dos pastorinhos Francisco e Jacinta, a igreja viu a sua mais recente renovação, como está agora. Ao culto encontramos as imagens de S. Silvestre e S. Sebastião, Nossa Senhora dos Prazeres, Nossa Senhora do Rosário, o sacrário (é o mesmo do tempo dos pastorinhos) e a fonte baptismal, em que os três pastorinhos foram baptizados. Também se encontram expostas para o culto as imagens de Nossa Senhora de Fátima, Coração Imaculado de Maria, Sagrado Coração de Jesus, Santa Teresa de Ávila, S. José, Nossa Senhora das Dores, S. Miguel, Nossa Senhora do Carmo, Jesus Ressuscitado, Jesus crucificado e o Menino Jesus de Praga. Além das capelas primitivas, antes citadas e que conserva, menos a de S. António, de Poço de Soudo, tem as novas capelas de Giesteira, Maxieira e Lombo d’Égua. A capela de Casal Farto é privada. Quando Fátima foi criada como freguesia, era então papa S. Pio V (1566-1572). Depois do trabalho imenso que supôs o Concílio de Trento e das importantes reformas nele decretadas, precisava-se de um papa capaz de o levar por diante e que se pudesse apresentar perante a cristandade como exemplo e modelo a seguir. Ao tempo foi alcançada a vitória de Lepanto, a 7 de Outubro de 1571. O papa mandaria acrescentar nas ladainhas da Santa Virgem a invocação “Auxílio dos cristãos”, instituindo em acção de graças a festa de Nossa Senhora das Vitórias, nesse dia, festa que o seu sucessor transladaria para o primeiro Domingo de Outubro, com o título de Nossa Senhora do Rosário. Não estará aqui o costume de a Paróquia de Fátima celebrar a festa de Nossa Senhora do Rosário, que se costuma fazer no dia 7 de Outubro ou no Domingo logo a seguir? Foi a ela que Nossa Senhora se referiu quando falou aos pastorinhos, nos Valinhos, em 19 de Agosto de 1917. No ano em que apareceu Fátima como freguesia era Rei de Portugal D. Sebastião, que toma conta do poder em 20 de Janeiro de 1568. Santos contemporâneos do nascimento da freguesia de Fátima: - Santa Teresa de Jesus (d’Ávila): 1515-1582 - São João da Cruz: 1542-1591
Casas dos 3 pastorinhos
Casa do Francisco e da Jacinta Esta foi a casa em que nasceram os Beatos Francisco e Jacinta Marto, os dois filhos mais novos da família Marto. A casa, que dista cerca de 200 metros da casa da Lúcia, foi adquirida pelo Santuário em novembro de 1996, sendo posteriormente reconstruída.
Casa da Lúcia Casa em que nasceu e viveu Lúcia de Jesus, a mais nova de seis irmãos. Aí se efetuaram os primeiros interrogatórios aos videntes e no seu quintal existem ainda as figueiras à sombra das quais os três pequenos pastores brincavam e se escondiam quando procurados por curiosos ou peregrinos.
Em 1981, a Irmã Lúcia ofereceu a casa ao Santuário, que dela tomou posse apenas em 1986. O espaço envolvente da casa foi arranjado e no seu quintal construiu-se um novo Posto de Acolhimento e Informações, inaugurado em agosto de 1994.
Casa-Museu de Aljustrel é um espaço etnográfico
Milhares de peregrinos de todo o mundo afluem todos os anos ao Santuário da Cova da Iria, em Fátima. Não raras as vezes, as estradas assemelham-se a carreiros de formigas laboriosas que rumam àquele local de culto e meditação. A escassa distância situa-se a pequena aldeia de Aljustrel que foi terra natal dos videntes. As suas casas encontram-se preservadas e, para além da sua envolvente mística, constituem um valioso testemunho do modo de vida no início do século XX.
A preocupação com a preservação dos espaços relacionados com a vida dos viventes e das memórias deixadas pela Irmã Lúcia levaram a que em Aljustrel se conserve um pequeno núcleo rural de valor museológico, formado por habitações construídas de forma tradicional
Numa das habitações, cujas origens remontam muito provavelmente ao século XVII, instalou o Santuário de Fátima a Casa-Museu de Aljustrel. Trata-se de um espaço museológico que associa a vida dos videntes a um contexto histórico e etnográfico que nos dá a conhecer os usos e costumes das gentes de Fátima ao tempo em que tiveram lugar as aparições. No seu interior, encontra-se patente ao público uma exposição de trajes tradicionais, as alfaias, as ferramentas do pedreiro e do cabouqueiro, o tear e o carro de bois. Mas, para além das peças que exibe, preserva as divisões da habitação, desde a alpendrada à cozinha, dos quartos de dormir à adega, do curral à casa-de-fora.
O folheto inclui um extracto do livro “Aljustrel, Uma Aldeia de Fátima”, o qual descreve o traje da região: “No dia-a-dia, as mulheres vestiam uma saia de estamenha muito rodada, apertada na cintura, geralmente de cor preta ou azul e, entre esta e a saia branca, usavam uma algibeira para guardar o dinheiro. As blusas eram de riscadilho de algodão ou de chita estampada, com folhos que caíam em cima do cós da saia, abotoadas sobre o peito com botões de osso.
O vestuário masculino, tal como o da mulher, diferia conforme a ocasião. A roupa interior do homem era constituída por camisa branca, feita de algodão, usada bastante afastada do pescoço; ceroulas de flanela ou de algodão grosso com cós na cintura, preso com dois botões e fitilhos para ajustar a parte inferior; calçavam meias ou peúgas feitas com cinco agulhas”.
O concelho de Ourém, no qual a freguesia de Fátima se insere, caracteriza-se a sul pelas formações calcárias enquanto a norte predominam os arenitos, diferenças estas que se reflectem nos materiais empregues na habitação tradicional. Por outro lado, se existem povoações como a freguesia de Olival onde os solos são mais férteis devido à existência de cursos de água com maior caudal, outras existem onde ela escasseia e os agricultores necessitam de recorrer à água dos poços para manter as suas culturas. Entre umas e outras, distingue-se a abundância de pastos e uma maior incidência da cultura do milho, o que facilita a criação de gado bovino e a sua utilização como força de tracção enquanto noutras povoações esta é feita com o auxílio do burro, como sucede na Freixianda.
A preservação dos espaços por motivos religiosos e os numerosos documentos da época, incluindo fotografias e peças de vestuário, tornaram-se um importante registo que nos permitem reconstituir, com maior fidelidade, os usos e costumes do povo sem estes terem sido sujeitos às modificações que foram feitas noutras regiões do país. Por conseguinte, a Casa-Museu de Aljustrel, em Fátima, merece a visita de todos quantos se interessam pelos assuntos relacionados com a Etnografia e o Folclore, independentemente das suas convicções religiosas.
Loca do Cabeço A Loca do Cabeço é o lugar onde, segundo as fontes fatimitas, se deram a primeira e a terceira aparições do Anjo aos videntes.
Santuário dos Valinhos
A pequena aldeia de Aljustrel foi o local de nascimento dos três pastorinhos. A casa dos irmãos Francisco e Jacinta podem ser visitadas, assim como a casa da Lúcia, convertida num museu que retrata o modo de vida local do início do séc. XX. Partindo de Aljustrel, poderá percorrer a via sacra de Valinhos. Este era
A pequena aldeia de Aljustrel foi o local de nascimento dos três pastorinhos. A casa dos irmãos Francisco e Jacinta podem ser visitadas, assim como a casa da Lúcia, convertida num museu que retrata o modo de vida local do início do séc. XX. Partindo de Aljustrel, poderá percorrer a via sacra de Valinhos. Este era o caminho que Lúcia, Jacinto e Francisco faziam desde Aljustrel até à Cova da Iria.
Esta via sacra tem 14 estações em memória da Paixão de Jesus e há também uma 15ª estação que evoca a Ressurreição, conhecida como Calvário Húngaro ou Capela de Santo Estêvão. A capela e as estações da via sacra foram dádiva dos Católicos húngaros, refugiados no Ocidente, depois da invasão soviética da Hungria.
A via sacra (inaugurada no dia 11 de Agosto de 1962) e a Capela (inaugurada no dia 12 de Março de 1964) foi projectada pelo engenheiro Ladislau Marec. A 15ª estação foi inaugurada no dia 13 de Outubro de 1992.
Antes de chegar à Capela de Santo Estêvão, os viajantes podem ver a “Loca do Anjo”, onde os três pastorinhos receberam o “Anjo da Paz”, pela primeira e terceira vez (na Primavera e no Outono de 1916).
Este é um local de absoluta reclusão, totalmente preservada, onde as oliveiras e as azinheiras definem o espírito do local.
O Calvário Húngaro e a via sacra dos Valinhos são um ponto obrigatório para todos os peregrinos que viajam até Fátima, o altar do mundo, em busca de fé de respostas para os seus problemas diários. Este é o local perfeito para rezar e para a introspecção.